Nos últimos anos, a Disney tem apostado em uma estratégia que une nostalgia e inovação: adaptar suas animações clássicas para o formato live-action. Desde o início da década de 2010, o estúdio vem lançando filmes com atores reais e efeitos visuais modernos, atualizando histórias consagradas para o público contemporâneo e, ao mesmo tempo, corrigindo elementos que hoje podem ser considerados inadequados ou desatualizados.
A proposta desses remakes não é apenas recontar as mesmas tramas com nova estética, mas também oferecer uma nova perspectiva sobre os personagens e seus contextos. Em alguns casos, mudanças importantes foram feitas para promover maior representatividade e sensibilidade cultural, ajustando o conteúdo às exigências do mundo atual.
Confira abaixo os principais títulos da Disney que já ganharam sua versão live-action:
Aladdin
Lançado originalmente em 1992 como animação, “Aladdin” chegou aos cinemas em versão live-action em 2019. O novo filme manteve a essência da história original, mas trouxe um visual vibrante e um aprofundamento maior na personagem Jasmine, agora mais independente e com papel político relevante.
101 Dálmatas
Esse clássico dos anos 1960 foi um dos primeiros a ser adaptado para live-action, ainda nos anos 1990. A vilã Cruella de Vil ganhou destaque, e posteriormente, em 2021, teve até um spin-off próprio, “Cruella”, mostrando sua origem.
A Bela e a Fera
A versão com Emma Watson como Bela estreou em 2017 e foi um grande sucesso de bilheteria. O filme recriou fielmente o universo mágico da animação de 1991, adicionando novas canções e aprofundando as motivações dos personagens.
Cinderela
Em 2015, a Disney lançou uma nova versão de “Cinderela”, apostando em uma narrativa mais emocional e visualmente deslumbrante. A história manteve sua base original, mas deu mais camadas à protagonista e à madrasta.
Mogli – O Menino Lobo
Combinando tecnologia de ponta e uma abordagem mais sombria, “Mogli” (2016) atualizou a animação de 1967. O filme teve grande destaque pelos efeitos especiais e pelo tom mais realista, sem perder o encanto da floresta.
Dumbo
Dirigido por Tim Burton, o remake de “Dumbo” (2019) trouxe uma releitura mais dramática e reflexiva da história do elefantinho voador. Além de abordar temas como exploração animal, a nova versão ampliou o universo da trama original.
Mulan
A nova versão de “Mulan”, lançada em 2020, optou por seguir uma linha mais séria e inspirada na lenda chinesa, deixando de lado elementos musicais e cômicos da animação de 1998. O foco maior foi na jornada de autodescoberta e na força da personagem principal.
A Dama e o Vagabundo
Lançado diretamente no streaming, este remake de 2019 recriou a famosa cena do espaguete com cães reais e CGI. A história foi modernizada, mantendo o romantismo e o charme da versão de 1955.
Pinóquio
“Pinóquio” também ganhou vida em uma adaptação live-action, com novas abordagens sobre temas como honestidade, liberdade e o desejo de pertencer. O filme buscou atualizar a mensagem original para o público atual.
Peter Pan
A versão mais recente do menino que não queria crescer trouxe uma visão mais diversa e inclusiva, repensando personagens clássicos e reforçando mensagens sobre liberdade, igualdade e imaginação.
A Pequena Sereia
Com estreia em 2023, “A Pequena Sereia” gerou grande repercussão por trazer uma atriz negra no papel de Ariel, promovendo representatividade e diversidade. O filme manteve os principais elementos da animação de 1989, mas com um toque contemporâneo.
O Rei Leão
Lançado em 2019, “O Rei Leão” causou impacto com seus impressionantes efeitos visuais. Embora tenha sido totalmente digital, foi considerado live-action por seu estilo hiper-realista. A história permaneceu fiel à animação de 1994, mas com uma nova grandiosidade visual.
Branca de Neve
Ainda em fase de produção, a nova versão de “Branca de Neve” promete trazer atualizações importantes na forma como a história é contada, buscando empoderar a protagonista e revisar estereótipos presentes na animação original.
Essas produções mostram que a Disney continua reinventando suas narrativas, mantendo viva a magia dos clássicos ao mesmo tempo em que se adapta às transformações culturais e sociais do mundo moderno.